PIX PARA TRANSAÇÕES INTERNACIONAIS

No final do ano passado, o Banco Central do Brasil implementou o Pix como método de pagamento oficial, trazendo muita eficiência, segurança e economia para os brasileiros através desse sistema que consiste em uma das maiores inovações do setor bancário das últimas décadas. O pagamento instantâneo ocorre de forma gratuita, 24 horas por dia, em alguns segundos e em qualquer dia do mês, até mesmo feriados e finais de semana. Muitos estabelecimentos comerciais já adotaram o Pix como método de recebimento de pagamentos, que além de rápido, também está gerando muita economia para as empresas por eliminar as taxas de transações que os cartões possuem. Desde sua implementação em novembro de 2020, o Pix já recebeu outras atualizações que trouxeram mais comodidade aos usuários, tais como pagamentos por aproximação, transferências por QR Code e outras funções que estão em fase de testes, como saque de dinheiro em lojas e supermercados através do Pix e pagamento de conta de luz.

Além do comércio, há outras vertentes no mercado que também já contam com o Pix como facilitador como por exemplo algumas plataformas de e-commerce. Outra vantagem trazida por ele é a validação das assinaturas eletrônicas através da chave Pix, visto que as assinaturas digitais têm sido amplamente utilizadas durante esse período de distanciamento social. Durante a pandemia, houve outra importante atuação desse método de pagamento que permitiu o recebimento do auxílio emergencial disponibilizado pelo Governo para auxiliar famílias que perderam sua renda.

PIX PARA TRANSAÇÕES INTERNACIONAIS

O Banco Central já emitiu um comunicado sobre a possibilidade da utilização do Pix para transferências internacionais, um projeto que pode entrar em vigor entre 2022 e 2023, foi criada, inclusive, a Consulta Pública nº 79 (CP 79) para receber sugestões da proposta de aperfeiçoamento da regulamentação cambial. A princípio, as transações seriam de caráter pessoal, aplicada apenas para pequenos valores, mas com a evolução, transações comerciais seriam implementadas, facilitando e tornando menos onerosas as transações do comércio internacional. Para que esse projeto se torne viável de fato, é necessária a regulamentação do Pix, do câmbio e da plataforma que fará o intermediário entre o pagador e o beneficiário.

Existem outras iniciativas internacionais em pauta no Banco Central para a implementação de um método de pagamento que seja barato, rápido, transparente e acessível para o máximo de usuários possíveis, mas a complexidade da implementação desse método envolve alta complexidade para que não ocorram crimes financeiros, tais como: evasão de divisas, transferências ilegais, sonegação de impostos, corrupção, dentre outros crimes contra a ordem econômica.

Atualmente, os Estados Unidos é líder mundial em transferências internacionais, tendo o SWIFT (Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication) ou em português Sociedade de Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais, como ferramenta utilizada na maioria das corretoras de câmbio. Mais que um importante meio de transferência, os EUA detêm da dominância da moeda nas transferências, levando corretoras a converterem determinado valor para dólar para depois converter para a moeda final que o usuário irá receber.

É provável que com a implementação do Pix internacional, bancos e corretoras de câmbio adotem o método nas transações, mas sem eliminar as demais formas de transferência utilizadas mundialmente.

Iara é graduada em Relações Internacionais e Comércio Exterior. Produtora de conteúdo na página ComexLand com experiência de mercado na área comercial, de logística e importação.

Iara Neme

Iara Neme

Graduada em Relações Internacionais e Comércio Exterior. Produtora de conteúdo na página ComexLand com experiência de mercado na área comercial, de logística e importação.